15.11.08

colhendo certezas

É que ele adorava quando ela o abraçava assim, meio sem jeito, mas, ao mesmo tempo, cheia desse seu jeitinho desajeitado. Esses abraços o faziam ter a certeza de que ele queria estar acordado por ela, estar por ela, ou, ainda, ser por ela.

Ela se virou ainda a tempo dele poder olhar para as suas costas e contar os sinais espalhados pelo seu corpo. Essas coisas dela. Só dela. Não resistiu. A abraçou novamente, como quem grita desesperadamente para que ela permaneça.

E não é um permanecer de ficar ali, até o dia amanhecer e a noite voltar, não. É aquele ficar de não ir embora. Não ir embora. Ficar com ele e ficar para ele.

O abraço retribuído era a resposta que ele precisava.
Estava tudo bem.









Estar acordado por ela, estar por ela. Ou, ser por ela.

2 comentários:

Sunflower disse...

a sua expressão "abraço retribuído" me fez perceber que existem os que não são. Sabe daquelas óbvias para todo mundo mas que voce percebeu pela 1a vez?

Abraço sem ser retribuído. Que angústia!

beijas

André disse...

E se ele não tivesse olhado pra trás? Será que seria diferente? Pior ou melhor? A gente nunca sabe, mas a vida tem dessas vontades, sei bem.